sábado, 30 de abril de 2011


eu estava nova e hoje está a chover e o céu está cinzento e eu sinto-me, essencialmente, velha. velha de pensamentos velhos, que não me deixam sentir nos dias cinzentos de tanta chuva.

estado de espírito à chuva







terça-feira, 26 de abril de 2011

segunda-feira, 25 de abril de 2011



ER - a união é concretizada com a coerência de ambas as pares. quando uma falha, é porque nada começou

M - pode não ser verdade. se fosse dessa forma, falhar seria sempre uma fatalidade. e para se falhar é necessário ter-se começado alguma coisa. vocês existiram. vocês existem. ainda tens as memórias. sempre terás. portanto, vocês sempre existirão. e existirão como parte de uma experiência que vos ajudou a crescer.

Por vezes, dou demasiado valor a determinadas vivências ou, para ser mais abrangente, a determinadas coisas, que com a evolução do tempo e, consequentemente, com a minha própria evolução, vão perdendo o misticismo e a tradição. Estas coisas são, de facto, algumas das bases que, num primeiro tempo, nos suportam e nos unem aos que, por alguma ocasião, nos rodeiam numa primeira experiência. E são esses, que primeiramente nos rodeiam, que permitem que esses suportes existam e prevaleçam até ao dia em que somos nós, as pessoas em geral, que temos a necessidade de criar outras bases para outros que nos rodearão posteriormente.
naquela noite, senti que tenho dois padrinhos.

quarta-feira, 20 de abril de 2011



parece que não pertencemos aqui. e que nada disto nos pertence.
a primeira parte talvez seja verdade. talvez não pertençamos aqui. a esta vida. a esta disposição tão incompleta das coisas. de todas as coisas.
sim, sinto-me incompleta aqui.
e sinto sempre que pertenço ao Caminho.

quanto à segunda parte, gosto de acreditar que há algo que nos pertence. a força pertence-nos. para mim, é uma verdade. para mim, é uma realidade que a força nos pertence e compete a nós próprios fazer uso dela. usá-la para nós. usá-la para os outros. 
não, não podemos dizer que não temos força. porque a força pertence-nos.


e sinto sempre que pertenço ao Caminho. que eu pertenço ao Caminho.
chorar à chuva. foi o que me apeteceu fazer.
por baixo da chuva. lá sentir-me-ia acolhida.

sábado, 16 de abril de 2011

a minha borboleta










 explicação daquilo da borboleta: durante o Caminho, enquanto caminhava, ia aparecendo, de vez em quando, uma borboleta amarela. e, de facto, ela aparecia todos os dias, por poucos segundos, e depois desaparecia, mas eu sabia que ela ia voltar. e para além de saber que ela ia voltar, eu queria acreditar que ela era sempre a mesma. que era sempre a mesma que de vez em quando aparecia como forma de me relembrar qual o meu objectivo. como forma de me mostrar que não desanimar é muito importante. como forma de me ir mostrando a direcção do meu Caminho. para além de querer acreditar que era sempre a mesma. a verdade é que eu sempre acreditei que era sempre a mesma.
agora, aqui, já não lhe vejo a cor, porque já nem sequer a vejo. já não a tenho para me ajudar a não desanimar. já não tenho nada que me guie, que me direccione, de uma forma tão directa. já não tenho nada que me mostre que há alguém sempre a proteger-me. a ser sempre uma espécie de “anjo da guarda”.

muito sozinha na sala

Deitada. sozinha. às escuras. no chão. no chão da sala. à noite. a tentar imaginar.
Com as costas viradas para cima. e a cara no chão. simplesmente, porque tenho medo de me aperceber que estou sozinha. que, neste momento, deitada no chão da sala escura, estou sozinha. muito sozinha.
Com a luz ligada o medo é maior. é que às escuras ainda podia imaginar alguém, uma cara entre as sombras da mesa e da porta. mas à luz da lâmpada não consigo imaginar ninguém.
Tal como disse, muito sozinha. na sala, sinto-me muito sozinha.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

stop crying your heart out






É mesmo verdade que nunca poderemos mudar o que passou. O que passou e nos deixou marcas tão profundas que só nos fazem querer parar. Nos fazem desanimar. Nos fazem bater para além do fundo. Mas, como não podemos de forma alguma alterar o que passou, temos de nos levantar, continuar, CAMINHAR. Caminhar sozinhos, Caminhar acompanhados, Caminhar rodeados pelas nossas pessoas. Agarrarmo-nos às mãos que nos oferecem, carregadas de uma força indescritível, capazes de suportar todo o nosso peso, toda a nossa alma, toda a nossa MOCHILA, porque é na Mochila que carregamos as preocupações e as dores, as desilusões e os fracassos.
Ensinaste-me que temos de manter o sorriso. Ensinaste-me que não devemos ter medo, nem preocupações.
Disseste: não te assustes, porque, um dia, verás todas as estrelas. Todas. Todas as estrelas importantes. Todas as estrelas que te ensinaram que o brilho não se apaga, não desaparece.
Disseste: levanta-te, as estrelas estão aqui, eu sou uma das tuas estrelas, olha para mim, Caminha, pega apenas no necessário. Olha para mim e Caminha e deixa o teu coração parar de chorar, deixa, só tu o podes fazer. Olha para mim, vê o brilho e segue em frente, mas olha, olha mesmo. Levanta-te, eu ajudo. Olha para mim, que eu olho por ti. Vê-me como eu te deixo ver. Vê-me. E, acima de tudo, deixa o teu coração parar de chorar, as estrelas estão aqui. A tua estrela está aqui.


quarta-feira, 13 de abril de 2011

sonhos de todas as cores bonitas para ti

gosto muito muito de ti

gosto muito de ti

não pares


não desanimes. sempre para a frente e para o alto.

continua a Caminhar

   quanto esperei este momento
   quanto esperei que viesses a mim
   quanto esperei que me falasses
   quanto esperei que estivesses aqui
   sei bem o que tens vivido
   sei bem o que tens chorado
   sei bem o que tens sofrido
   estive sempre a teu lado
   ninguém te ama como eu
   ninguém te ama como eu
   foi por ti, só por ti,
   porque te amo
  ninguém te ama como eu

domingo, 10 de abril de 2011

o nosso Caminho


Não sabemos mesmo como o descrever. 
"e hoje, estás feliz? (pergunta diária)"

terça-feira, 5 de abril de 2011

borboleta



Só sei que a minha borboleta me guiou sempre. Pelo menos, é nisso que quero acreditar. Mas agora, aqui, simplesmente não lhe vejo a cor.