segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

every word you say I think I should write down



outra verdade: não vejo os outros. simplesmente, não vejo nada quando a tal tristeza chega para me torturar como tortura. mas hoje foi bom saber que não estou sozinha, ou que , pelo menos, não sou caso único. não sou a única a sentir-me, em certos momentos, em baixo. sim, toda a gente sabe que TODOS temos momentos assim. mas ouvir os outros a deixarem-se ser tão vulneráveis e a abrirem-se neste contexto foi, realmente, o que me levou a acreditar mesmo nisso. hoje, acredito nisso.
é que, para além de ver e de sentir, preciso de ouvir para perceber, para acreditar. preciso de ouvir muitas vezes. e isto de ouvir e de precisar de ouvir não se aplica só a este caso. aplica-se a quase tudo. também preciso que me digam que gostam de mim, muitas vezes, quando gostam. senão deixo de acreditar. 
não sei se deveria ser assim. não sei se é mau ser assim. mas considero que a parte em que estou a ouvir é boa. pelo menos, estou atenta a alguma coisa. pelo menos, há coisas que me chamam a atenção. ouvir é bom. essa parte sei que é boa. agora, o resto, não sei mesmo. ou talvez saiba e, como acontece demasiadas vezes, não queira dizer, ou, simplesmente, não queira pensar nisso. não gosto de pensar muito em determinadas coisas, porque tenho medo das conclusões, sejam elas quais forem.
e em relação ao facto de não ver nada, sendo que esse não ver nada inclui não conseguir ver os outros, nos tais momentos de tristeza, é uma coisa que tenho de melhorar. é urgente. é importante. tenho de me contrariar. porque, nessas alturas, sou, definitivamente, egoísta. sou tão egoísta e egocêntrica que chego a nem me reconhecer, porque gosto de pensar que não sou assim constantemente. 







(título: "Paperweight by Joshua Radin & Schuyler Fisk")
(fotos: simplesmente porque sinto falta e tenho saudades - tiradas pela LU!)

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